INTRODUÇÃO
A finalidade do presente trabalho é relatar as atividades de acompanhamento de obra desenvolvidas durante o Estágio Curricular Obrigatório, ministrado pela professora Raquel Rhoden Bresolin e o professor Rodrigo Fritsch, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Passo Fundo de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O estágio foi realizado no escritório ZB arquitetos, no qual Zilmar Bastos Junior é o profissional responsável pela obra e supervisor, o escritório está localizado na cidade de Passo Fundo, entre os meses de agosto a novembro do mesmo ano. A execução da obra é terceirizada e o responsável pela equipe é o João, a equipe consiste em quatro pedreiros. O empreendimento trata-se de uma residência de dois pavimentos, com área de duzentos e quatorze metros quadrados, localizado na rua Luis Gustavo Klhon, número 82 (oitenta e dois), no bairro Cidade Nova, Passo Fundo. Terá sua estrutura executada em concreto armado, com fechamentos em blocos cerâmicos.
O trabalho consiste em duas etapas, a primeira pela revisão bibliográfica das fases acompanhadas na obra, e a segunda uma análise crítica resultante dos métodos utilizados pela empresa em relação ao estudo bibliográfico.
As etapas escolhidas para acompanhamento na obra foram, a supraestrutura, contendo os pilares, vigas e lajes, logo após a fase de revestimento argamassado interno e por fim, a cobertura.
O relatório tem como objetivo analisar os métodos construtivos praticados na obra em desenvolvimento na obra, além de acompanhar e controlar os serviços de execução relativos as etapas que foram escolhidas. A fim de capacitar o discente às futuras atividades profissionais, que serão de sua responsabilidade.
CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO
A obra escolhida, para acompanhamento e ao final analisada, trata-se de uma residência de dois pavimentos, localizada na rua Luis Roberto Klhon, número 82 (oitenta e dois), no bairro cidade nova no município de Passo Fundo, Rio Grande do Sul.
A residência conta com dois pavimentos, sendo, no térreo, as áreas sociais como, uma sala de estar, jantar, cozinha, banheiro, lavanderia, varanda com churrasqueira, lavabo, e uma garagem para dois carros no térreo, e no segundo pavimento a área íntima, uma suíte com closet e sacada, um dormitório, banheiro e escritório. A área total da edificação é de 360 m² (trezentos e sessenta metros quadrados).
A obra iniciou-se em julho de 2019 e com previsão de conclusão em novembro do mesmo ano. No começo do acompanhamento do estágio a obra estava em finalização da estrutura e fechamentos no térreo, até que o estágio fosse liberado, estava em execução as paredes em alvenaria no segundo pavimento. Estão em atividade nesta obra cerca de quatro pedreiros e o mestre de obras, além de profissionais terceirizados quando requerem mão-de-obra especializada ou atrasarem o cronograma, e o Arquiteto responsável.
O responsável técnico do empreendimento é o Arquiteto Zilmar Bastos Junior, representando a empresa ZB Arquitetos – A equipe conta ainda com uma Arquiteta, além de estagiários. Atua a trinta e dois anos no ramo da arquitetura e construção, o escritório localiza-se no centro da cidade de Passo Fundo, na Rua General Osório, 964.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Caracterização das fases de execução
Recebimento e armazenamento dos materiais
Segundo o Mekbekian (1996, p.83), a equipe deve obedecer às regras que a construtora elaborar, para haver um controle de critérios de inspeção e aceitação dos materiais na obra. A construtora deve dispor de informações simples e adotar mecanismos práticos e ágeis para o armazenamento. No recebimento deve haver controle dos materiais, de forma a assegurar que os produtos entregues atendam aos requisitos especificados.
Materiais brutos
Para Azeredo (1988, p. 54), os sacos de cimento deverão ser armazenados em local suficientemente protegido das intempéries, da umidade do solo e das paredes e de outros agentes nocivos ás suas qualidades. Já a areia deverá ser limpa, isenta de impurezas e matéria orgânica, sendo necessário um cercado de madeira (tábua de pinho), com fundo em tijolo ou mesmo em madeira para evitar contato direto com o solo, com dimensão aproximada de uma carroceria de caminhão (5,00 x 2,30 x 0,60 m). A brita deve ser limpa, isenta de argilas e de partes e decomposição e de pedregulhos, livre das mesmas impurezas que prejudicam a areia, e devem ser armazenadas em caixotes separadamente, segundo os diâmetros.
O recebimento deve ser assistido pelo mestre de obras, e deve ser feito uma medição e verificação de qualidade, além de conferir a quantidade na nota fiscal; logo, após deve-se lançar os materiais recebidos no registro de despesas, para Yazigi (2017, p. 163). Na armazenagem e estocamento, os materiais não podem prejudicar o trânsito de trabalhadores, devem estar em pilhas, embalados ou a granel, e têm de ter forma e altura que garantam a sua estabilidade e fácil manuseio. Quando a altura for maior que 1,5m, terá escoramento para evitar desmoronamento. Em caso dos tubos, vergalhões, barras, perfis e outros materiais de grande comprimento ou dimensão devem ser arrumados em camadas e com peças de retenção, para evitar o rolamento, separados de acordo com o tipo de material e a bitola das peças e com as pontas alinhadas. As madeiras retiradas de andaimes, escoras e formas, depois de tirados precisa ser empilhado e logo retirados os pregos e arames, conforme Yazigi (2017, p. 215).
Concreto
Para Azeredo (1988, p. 53) Concreto é uma mistura de cimento, água e materiais inertes (geralmente areia, pedregulho, pedra britada ou argila expandida) que, empregado em estado plástico, endurece com o passar do tempo, devido à hidratação do cimento, isto é, sua combinação química com a água.
Segundo Azeredo (1988, p. 54) o recebimento só deve ser aceito se estiverem com condicionamento original de fábrica. Os sacos de cimento deverão conter cinquenta quilogramas líquidos e devem ser rejeitados os cimentos empedrados. No armazenamento eles devem estar protegidos das intempéries, da umidade do solo e das paredes e de outros agentes nocivos às suas qualidades. Lotes recebidos em épocas diversas não deverão ser misturados, mas colocados separadamente, de maneira a facilitar sua inspeção e seu emprego em ordem cronológica do recebimento. As pilhas devem conter, normalmente, de oito a dez sacos de altura.
O recebimento do cimento industrializado na concretagem é feito pelo caminhão betoneira, conforme Azeredo (1988, p. 70) onde os lugares são pouco espaçosos, e não há a possibilidade de se fazer o concreto em obra, recorre-se à aquisição de concreto pré-misturado ou concreto de usina como é mais comumente chamado. O transporte é feito por meio de caminhão-betoneira que têm uma capacidade de cinco metros cúbicos a oito metros cúbicos. Como a água de amassamento não é adicionada até que eles cheguem à obra, não há perigo no caso deles sofrerem uma avaria e forem obrigados a parar. O caminhão não deve percorrer mais de dez quilômetros entre a usina e a obra.
Para Azeredo (1988, p. 54) o recebimento só deve ser aceito se estiverem com condicionamento original de fábrica. Os sacos de cimento deverão conter cinquenta quilogramas líquidos e devem ser rejeitados os cimentos empedrados. No armazenamento eles devem estar protegidos das intempéries, da umidade do solo e das paredes e de outros agentes nocivos às suas qualidades. Lotes recebidos em épocas diversas não deverão ser misturados, mas colocados separadamente, de maneira a facilitar sua inspeção e seu emprego em ordem cronológica do recebimento. As pilhas devem conter, normalmente, de oito a dez sacos de altura.
O recebimento do cimento industrializado na concretagem é feito pelo caminhão betoneira, conforme Azeredo (1988, p. 70) onde os lugares são pouco espaçosos, e não há a possibilidade de se fazer o concreto em obra, recorre-se à aquisição de concreto pré-misturado ou concreto de usina como é mais comumente chamado. O transporte é feito por meio de caminhão-betoneira que têm uma capacidade de cinco metros cúbicos a oito metros cúbicos. Como a água de amassamento não é adicionada até que eles cheguem à obra, não há perigo no caso deles sofrerem uma avaria e forem obrigados a parar. O caminhão não deve percorrer mais de dez quilômetros entre a usina e a obra.
EPI’S e equipamentos de segurança
Designa-se equipamento de proteção individual todo equipamento que protege a saúde e integridade física do trabalhador. Segundo Yazigi (2017, p.196) a construtora deve fornecer aos empregados, gratuitamente e em perfeito estado de conservação e funcionamento.
Os principais EPI’S são de proteção de cabeça, onde encontram os protetores faciais, destinados ao resguardo dos olhos e face, contra as lesões provocadas por partículas, respingos, vapores e radiações; A proteção para os membros superiores, como as luvas de raspa, de borracha, lona crua macia, PVC forrada e de eletricista; A proteção para os membros inferiores, botinas de vaqueta ou de raspa e botas de cano curto, médio ou longo; Para a proteção quanto a quedas, cintos de segurança, cadeiras suspensas para o trabalho em alturas em que haja necessidade de deslocamento vertical e o trava-queda ligado sempre por um cabo de segurança independente, para trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos; Protetores auriculares, para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido pelas Normas Regulamentadoras de Medicina e Segurança do Trabalho; A proteção respiratória, em ocasiões de exposição à agentes ambientais em concentrações prejudiciais à saúde de trabalhador e contra a poeira; Os aventais, jaquetas, capas de chuva, e calças de PVC forradas, para a proteção do tronco, em caso de riscos de agentes químicos, agentes meteorológicos, e umidade proveniente de lavagens. E por último, a proteção contra a pele, onde há necessidade de cremes protetores, conta Yazigi (2017, p. 197).
Supraestrutura
A supraestrutura, também conhecida como superestrutura, designa a parte da estrutura de uma edificação que se projeta acima da linha do solo, ou base. Cabendo a ela suportar os esforços da estrutura da edificação e é composta por pilar, viga e laje.
O Ambrozewicz (2013, p. 93) diz que, um edifício deve ser projetado para suportar tanto cargas verticais, como horizontais. Cargas verticais são resultado de pesos dos próprios elementos do edifício, conhecidas como cargas permanentes, além das ações variáveis, tais como carregamento de móveis ou concentração de pessoas. Já as cargas horizontais são produzidas por empuxos da terra, ou seja, os esforços do solo contra a estrutura, materiais armazenados em depósitos e da ação dos ventos. As cargas verticais são transmitidas às vigas pelas lajes e demais pilares, até chegar às fundações e por último, ao solo.
Figura 1: Elementos da supraestrutura
Fonte: https://desenhoarquitetonicosite.wordpress.com/2016/07/27/projetos-estruturais-em-concreto-armado-introducao-lajes-vigas-pilares-e-fundacoes/ . Outubro de 2019.
Armaduras
Armadura de pilar
De acordo com Ambrozewicz (2015, p. 127), a armadura de um pilar é composta por duas diferentes disposições de aço com funções distintas: ferros longitudinais, com a principal função de ajudar o concreto absorver as cargas de compressão, dispostos no sentido vertical e os ferros longitudinais na sua posição correta, determinada através de cálculos, possuindo normalmente a mesma forma do perímetro da seção transversal do pilar.
Para Azeredo (1997, p. 81) para garantir que a armação tenha cobrimento desejado de no mínimo 1,5 cm, são utilizados espaçadores poliméricos que deixarão a armadura encostar-se à fôrma.
Armadura de vigas
Para Ambrozewicz (2015, p. 137), as armaduras das vigas são compostas por três itens principais, a armadura negativa. Armadura positiva e os estribos. Em casos especiais de passagem de tubulação ou instalações haverá a necessidade de reforços especiais na estrutura.
Corte de armaduras
Segundo Yazigi (2017, p. 317) os fios e barras de aço devem ser cortados seguindo às orientações e dimensões definidas no projeto estrutural (tipos de aços, bitolas, medidas lineares e posicionamento das barras). Também é preciso atentar para os comprimentos nele definidos, para os transpasses e para os arranques mínimos em vigas e pilares. Na marcação do corte, é necessário usar trena de aço para medir o comprimento das barras. Isso reduzirá a possibilidade de erro, especialmente para aquelas de grande dimensão. É útil ter a bancada marcada de 10 cm em 10 cm.
Dobragem de armaduras
No curvamento é necessário ser seguida conforme a convenção de medidas, isto é, de fora a fora, inclusive comprimento dos estribos, para os quais as dimensões importantes são as internas, por determinarem a posição das barras principais. O raio interno de uma curva ou de um gancho, a ser feito em uma barra de aço, tem de equivaler a duas vezes o seu diâmetro, desde que não se especifique diâmetro maior. O trecho reto que se estende além da dobra precisa ter comprimento não inferior a quatro vezes o diâmetro da barra. Uma curva feita em barra de aço de alta resistência deve ter raio igual a três vezes o seu diâmetro, a menos que se especifique diâmetro maior. Os ganchos e os estribos serão dobrados em uma cavilha com diâmetro igual ao da barra que estiver sendo curvada. As barras são geralmente fornecidas com comprimento de doze metros, com tolerância de aproximadamente um metro. Na marcação para dobramento, essas dimensões precisam ser bem observadas para se obter bom aproveitamento, diminuindo as perdas com pontas (sobras). A primeira barra deve ser marcada de acordo com as dimensões dadas no desenho e, a seguir, medida depois do seu encurvamento. As dimensões das demais barras têm de basear-se nas da primeira, efetuando-se então as alterações necessárias. Recomenda-se no encurvamento, sempre efetuar as curvas, em barras de alta resistência, a frio; apoiar a barra enquanto ela estiver sendo dobrada, caso contrário, as curvas não se manterão em um plano; É preciso dobras as pontas em “L” ou em forma de gancho sempre de acordo com as orientações e dimensões do projeto.
É necessário atentar para o não dobramento das barras em curva muito acentuada, pois ela pode causar a quebra ou enfraquecimento da região da dobra. As barras tracionadas de bitola maior que 6,3mm devem ter sempre ganchos, enquanto as que forem somente comprimidas têm d ser ancoradas apenas com a extremidade no formato retilíneo (sem gancho), para Yazigi (2017, p. 317).
De acordo com Yazigi (2013, p. 272), a sequência de montagem de armadura deve ser, posicionar duas barras de aço. Colocar todos os estribos, fixados somente os das extremidades. Em seguida, posicionar as demais barras e amarrá-las aos estribos de extremidade. Depois de posicionar os demais estribos, conferir os espaçamentos e o número de barras longitudinais e e estribos. Amarrar firmemente o conjunto em todos os pontos de contato.
Pilares
Os pilares são elementos de barra lineares do eixo reto, que se caracterizam pelo fato de serem verticais e trabalharem, predominantemente, à compressão, transmitindo as cargas de cada pavimento às fundações (Ambrozewicz, 2015 p. 94). Os pilares também podem fazer parte do sistema de contraventamento que é responsável por garantir a estabilidade da construção às ações verticais e horizontais.
Fôrmas dos pilares
Azeredo (1997 p. 108) afirma que as fôrmas de pilares devem ser formadas por painéis verticais, feitos de tábuas de madeiras e ligados por gravatas, elementos a serem calculados, mas variado pelo processo de adensamento, pela pressão exercida pelo concreto fresco sobre as paredes laterais das fôrmas.
Fonte: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos/3/formas-praticas/execucao/52/formas-praticas.html. Acesso em Novembro de 2019.
Para Mekbekian (1996, p. 116), a metodologia para a montagem de fôrmas dos pilares deve-se primeiro verificar se o desmoldante foi aplicado, observar o posicionamento de galgas e dos espaçadores, conferir o prumo das fôrmas e o esquadro do encontro de painéis no topo do pilar e por último, verificar todos os encaixes das fôrmas para que não haja folgas.
Concretagem
Conforme Borges (2009, p. 107) as tábuas das fôrmas devem ser molhadas com abundância, para que, as pequenas frestas e aberturas desapareçam com o inchamento da madeira.
O lançamento do concreto no pilar deve ser feito por camadas não superiores a 50cm, devendo-se vibrar cada camada expulsando os vazios.
Desforma dos pilares
Para Yazigi (2017, p. 314) o concreto dos pilares deve estar curado e liberado para a desforma, segundo recomendações das normas técnicas, ou seja, 3 dias para a retirada das fôrmas laterais, permanecendo as escoras principais convenientemente espaçadas; 21 dias para a retirada total das fôrmas e escoras.
A desforma começa pelos pilares, soltando-se incialmente os tensores. Deve-se retirar os painéis, desprendendo-os, nunca usando alavancas (pé de cabra) entre o concreto endurecido e as fôrmas. Caso um painel necessite ser afrouxado, terão de ser utilizadas cunhas de madeira dura. É preciso manusear as peças com cuidado para não danificar as fôrmas. Painéis de maiores dimensões e principalmente pilares de canto podem ser mantidos no lugar, amarrando-os com cordas para evitar eventuais choques ou quedas. É necessário retirar os tubos passantes de PVC, utilizando um pequeno ponteiro ( Yazigi 2017, p. 315).
Vigas
Segundo Ambrozewicz (2015, p. 94), as vigas são elementos que tem como função, suportar as lajes e a maior parte das cargas que são provenientes dos elementos não estruturais, como paredes divisórias e fechamentos, além das cargas de outras vigas que nela se apoiam.
Fôrmas de vigas
Segundo Ambrozewicz (2015, p. 119), as fôrmas de vigas são iniciadas após a concretagem dos pilares ou executadas em conjunto com as fôrmas de laje ou pilar.
Para Mekbekian (1996, p. 116), a metodologia para a montagem de fôrmas dos pilares deve-se primeiro, utilizando o prumo, observar se os pontos de fixação das linhas náilon que definem os eixos da obra foram transferidos, do andar inferior para o pavimento a ser concretado, checar o desmoldante, certificar-se do perfeito encaixe das fôrmas e observar o nivelamento dos fundos de vigas.
De acordo com Azeredo (1997, p. 98), as fôrmas das lajes são ligadas diretamente às fôrmas das vigas; essa ligação pode ser feita de vários modos, e o mais simples é pregar-se simplesmente as bordas das tábuas das lajes sobre a borda superior das faces da viga.
Desforma de vigas
Para Yazigi (2017, p. 316) O concreto das vigas deve estar bem curado, liberado para a desforma, segundo recomendações das normas técnicas, ou seja, 3 dias para a retirada das fôrmas laterais; 14 dias para retirada de fôrmas inferiores, permanecendo as escoras principais convenientemente espaçadas. E 21 dias para a retirada total das fôrmas e escoras.
Segundo Yazigi (2017, p. 315), após a retirada das formas do pilar, em seguida, é preciso desformar as laterais das vigas. Para separar a forma da viga da forma da laje, deve-se, conforme acima, usar uma cunha entre o sarrafo de pressão e o soalho da laje. Caso não seja possível a desforma da viga desse modo, por causa do excesso de garfos muito próximos, será necessário retirar as escoras do terço central do vão, manter as reescoras e, só então, proceder à retirada das escoras (mantendo o reescoramento, se for o caso) dos terços das extremidades. Deve estar posicionando o reescoramento nas tiras do soalho da laje, quando necessário, conforme recomendações do projetista.
Lajes
Conforme Ambrozewicz (2015, p. 93), lajes são elementos bidimensionais, planos e horizontais, que suportam cargas normais ao seu plano médio. A laje nos elementos estruturais é o que tem mais importância, pois tem maior volume na obra.
Laje pré moldada
Fonte: https://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/05/22/lajes-pre-fabricadas-vigota-e-tavela/. Acesso em Novembro de 2019.
Fôrma de laje
Segundo Chaves (1979, p. 105) com o objetivo de reduzir o emprego de madeira para fôrmas na construção de lajes, reduzindo muito o trabalho do carpinteiro e podendo mesmo baratear o custo da obra, são fabricadas as chamadas lajes pré fabricadas, as quais serão montadas e completadas na obra. Estas constituem-se de concreto pré-moldado, com seção em T, sobre as quais apoiam-se tijolos cerâmicos vazados de forma especial.
Para Borges (2012, p. 112) também chamadas de lajes mistas, é uma solução muito procurada, por acrescentar economia e rapidez de feitura. Então basicamente, o painel da laje é constituído de vigas de pequeno porte (vigotas), em que são apoiados os blocos, que podem ser de cerâmica ou de concreto; depois é aplicada uma camada de concreto de cobertura com o mínimo de três centímetros de espessura, conforme a figura.
Geralmente usa-se tábuas de pinho de 1” x 12 (tábuas de 30 cm) apoiadas em pontaletes de pinho de 3” x 3”(7 por 7 cm). Os pontaletes, no sentido longitudinal da tábua, são colocados em intervalos de 0,50 a 1,0 m. um de cada lado da tábua para evitar a torção e flambagem.
Fonte: BORGES, Prática das pequenas construções, 2012.
Montagem de laje
Para Borges (2009, p. 112), o painel da laje é composto de vigas de pequeno porte (vigotas), nas quais são apoiados os blocos cerâmicos. Depois de toda a montagem é aplicada uma camada de concreto de cobertura com o mínimo de 3 cm de espessura.
As vigotas são colocadas no sentido da menor dimensão da peça, e nelas são apoiados os blocos furados.
A principal vantagem desse tipo de laje é o reduzido emprego de madeiramento para firmas e cimbramento.
Borges (2012, p. 114) cita que, é importante saber que a primeira vigota não é encostada na parede lateral, pois começa-se com um bloco apoiado na parede e na primeira vigota, e o processo de montagem começa pela montagem das lajes, colocando a tábuas de escoramento com os respectivos pontaletes, colocação das vigotas obedecendo tipos e medidas que vêm indicadas na planta fornecida pela fábrica das lajes, colocação dos blocos cerâmicos, colocação das caixas dos pontos de luz e respectivas tubulações, e então a concretagem que deve ser precedida por abundante rega das vigotas e lajes, concretagem com concreto em dosagem rica de cimento, a espessura deve ser de no mínimo três centímetros, e após a concretagem deve haver a rega nos três a quatro primeiros dias para melhorar a pega do concreto, e por último o descimbramento após os vinte e oito dias, lembrando que o mínimo é vinte e um dias.
Fonte: BORGES, Práticas das pequenas construções, 2012
Componentes pré-fabricados com materiais inertes diversos, sejam maciços ou vazados, intercalados entre as vigotas em geral, com a função de reduzir o volume de concreto, o peso próprio da laje e servir como fôrma para o concreto complementar.
Armadura da laje
De acordo com NBR 14859 (2016, p. 2), as vigotas pré-fabricadas são constituídas por concreto estrutural e executadas industrialmente, fora do local de utilização definitivo da estrutura, sob rigorosas condições de controle de qualidade. Essas englobam total ou parcialmente a armadura inferior de tração, integrando parcialmente a seção de concreto da nervura longitudinal.
As vigotas de concreto protendido tem sua seção usual em formato T invertido, com armadura ativa pré-tensionada totalmente englobada pelo concreto da vigota, as quais são utilizadas para compor as lajes de concreto protendido.
Fonte: NBR 14859/2016
Concretagem de laje e vigas
De acordo com Yazigi (2017, p. 337), conforme especificado em norma técnica, deve-se extrair corpos-de-prova do concreto usinado.
Segundo Azeredo (1997, p. 70), o concreto deve ser transportado do local de amassamento para o de lançamento tão rapidamente quanto possível e de tal modo que mantenha sua homogeneidade, evitando-se possível segregação dos materiais. O caminhão betoneira é indicado para lugares pouco espaçosos, onde não haja possibilidade de fazer o concreto em obra, recorre-se ao concreto usinado. Para o lançamento do concreto são utilizadas bombas. Quando bombeado, o concreto é lançado no depósito de alimentação da bomba que geralmente possui um agitador para movimentá-lo.
Azeredo (1997, p. 72) ainda diz, que o melhor concreto para bombeamento necessita de uma mistura razoável, para misturas muito plásticas ou muito secas esse processo torna-se impróprio. O uso de bombas direcionais permite um controle excelente de qualidade, enquanto, as variações na consistência da mistura podem causar problemas sérios, principalmente o bloqueio da tubulação. O concreto para bombeamento deve apresentar um slump variando de 4 cm a 8 cm, e o seu bombeamento será mais fácil se a relação cimento-agregados não ultrapassar a razão 1:6 em peso.
Segundo Yazigi (2013, p. 276), o concreto dosado executado em central deve atender as definições de projeto relativo. Para a formação do lote do concreto para extração de corpos-de-prova, tem de ser observados as disposições das normas técnicas. A nota fiscal deve descrever itens necessários incluindo a quantidade máxima de água permitida a ser adicionada ao concreto.
Yagizi (2013, p. 289) ainda diz que, quando o transporte for realizado com bomba, deve-se tomar os devidos cuidados no preparo do equipamento como, nivelar a bomba, travar a tubulação em peças já concretadas e lubrificar a tubulação com argamassa de cimento e areia.
Desforma de lajes
Para Yazigi (2017, p. 316) O concreto das vigas deve estar bem curado, liberado para a desforma, segundo recomendações das normas técnicas, ou seja, 3 dias para a retirada das fôrmas laterais; 14 dias para retirada de fôrmas inferiores, permanecendo as escoras principais convenientemente espaçadas. E 21 dias para a retirada total das fôrmas e escoras.
Yazigi (2017, p. 315) têm de ser retiradas as escoras e longarinas, em seguida, desformado os painéis da laje. Para vigas e lajes em balanço, é preciso efetuar a desforma da borda livre no sentido do apoio, segundo orientação do mestre ou engenheiro da obra.
Para evitar danos às longarinas, soalhos e painéis da viga em razão de quedas, pode-se usar cordas ou cavaletes de apoio sob a laje, de maneira a amortecer os impactos.
Depois da remoção das peças, como pinos, amarras e parafusos, devem ser elas colocadas em caixas e não abandonadas sem cuidado. As fôrmas de madeira precisam ser limpas imediatamente após o seu uso e não deixadas para que isso seja feito por ocasião da utilização seguinte.
Revestimento argamassado para paredes internas
Para Yazigi (2017, p. 657), para iniciar, deve-se fazer preparo do substrato (base) removendo desmoldantes aderidos (com escovas e/ou jato e água, se possível quente), eflorescências, óleos e outras sujeiras, como também retirando pregos, arames, pedaços de madeira e outros materiais estranhos. Todos os dutos e rede de gás, água e esgoto deverão ser ensaiados sob a pressão recomendada para cada caso antes de iniciados os serviços de revestimento. Procedendo-se da mesma forma em relação aos aparelhos e válvulas embutidos.
O procedimento de revestimento é dividido em três etapas: chapisco, emboço e reboco.
Chapisco
Para Azeredo (1996, p. 71) o chapisco é uma argamassa de aderência usada em superfícies lisas como concreto, com o objetivo de fixação de outro elemento.
Segundo Yazigi (2017, p. 658), o substrato precisa ser abundantemente molhado antes de receber o chapisco, para que não ocorra absorção, principalmente pelos blocos. O chapisco deve ser preferencialmente industrializado, pois dá melhor aderência do que a preparada na obra, se for feita em obra o traço deve ser 1/3 em volume, à qual é adicionado aditivo adesivo. A argamassa deve ser projetada energicamente, de baixo para cima, contra a alvenaria, e ter espessura máxima de 5 mm.
Para iniciar o preparo da base, remove-se as sujeiras, como, poeira, graxas, óleos, desmoldantes, etc. Remover também irregularidades metálicas tais como, pregos, fios, arames, logo após preencher os furos provenientes dos rasgos.
De acordo com Azeredo (1996, p. 174), o chapisco deve ser aplicado sobre a superfície, e deve cobrir parcialmente a base, de forma que sua textura final resulta em uma película rugosa, aderente, resistente, não contínua e irregular. Onde a base deve ser umedecida somente quando apresentar elevada capacidade de sucção de água.
Reboco
De acordo com Azeredo (1996, p. 73) o reboco pode ser classificado em dois grupos, que são eles, o reboco para acabamento de pintura, e reboco sem acabamento. E a execução dele poderá ser após sete dias aplicado o emboço.
Deve-se preparar a argamassa de reboco com cimento, cal e areia fina, com traço previamente determinado, segundo características determinadas (aderência, trabalhabilidade, resistência a abrasão, acabamento liso). Riscar todos encontros entre paredes e entre paredes e tetos ou pisos, de maneira a conferir o nivelamento e prumo nos cantos e rodapés. Aplicar a argamassa com uma desempenadeira de madeira, de baixo para cima, perfazendo uma espessura não superior a 5mm. A desempenadeira deve correr livremente sobre a superfície, não aderindo à argamassa, e que o desempeno deve ser vigoroso e em movimentos circulares, evitando a ocorrência de ocos e vazios. O desempeno deve ocorrer em duas fases, primeiramente com madeira e depois com aço ou espuma, para Azeredo 1996, p. 178)
Telhado
Para Azeredo (1997, p. 142), num telhado distinguimos três partes, ou seja, a estrutura, a cobertura e a captação de águas pluviais. A estrutura é o conjunto de elementos que irá suportar a cobertura e parte do sistema de captação de águas pluviais, onde deveremos considerar a forma, o sistema de captação de águas de escoamento e o tipo de cobertura empregado, caimentos.
Yazigi (2017, p. 587) afirma que, não poderão ser empregadas na estrutura, peças de madeira serrada que apresentem defeitos como, sofreram esmagamento que possam comprometer a resistência da estrutura, madeira com alto teor de umidade, mostram defeitos como nós soltos, rachas, fendas, ou falhas exageradas e mostrarem sinais de deterioração, ataques de fungos, cupins e outros insetos.
A estrutura de telhado poderá ser composta por tesouras, que podem ser de madeira, metálicas, de concreto e mistas. Por arcos, que podem ser de madeira, metálicos e de concreto. As terças, podem ser simples, armadas ou treliçadas, por caibros, ripas, contraventamentos.
Fonte: Moliterno, Caderno de projetos de telhados em estrutura de madeira, 1999.
Platibanda
Yazigi (2012, p. 499) sugere que, primeiro é feita a demarcação, assentando sobre a laje, a primeira fiada de tijolos ou blocos, cuidadosamente nivelada, e obedecendo rigorosamente às espessuras, medidas e alinhamentos indicados no projeto.
Segundo Yazigi (2012, p. 511), quando sobre a laje, limpar o piso com vassoura, remover os materiais soltos, e verificar o nivelamento da laje com nível de mangueira ou nível a laser. Após marcar cada eixo de referência da estrutura, riscando na laje com um barrote afiado de aço ou então assentando uma faixa de argamassa e após batendo sobre ela uma linha de náilon posicionada sobre o eixo. Em seguida, assentar uma fiada de parede. Deve-se contornar a fachada. Assentar os blocos das duas extremidades da parede locando com base nos eixos de referência. Esticar uma linha unindo os dois blocos por um de seus lados. Assentar entre eles os demais blocos da fiada de demarcação, modulando-os mediante o espaçamento das juntas verticais e utilizando, se necessário, um meio-bloco. As juntas verticais precisam ser preenchidas para garantir maior resistência a choques acidentais. A espessura da argamassa pode variar de um a três centímetros.
A seguir é feita a elevação das paredes, com a argamassa de assentamento é aplicada na parede do bloco por meio de colher de pedreiro ou de desempenadeira de madeira, então é levantada a alvenaria até a cota de nível.
Borges (2012, p. 69) diz que, o levantamento das paredes deve ser iniciado pelos cantos, da preferência os principais e obedecer ao alinhamento vertical o prumo de pedreiro. No sentido horizontal, uniformizando as alturas ou espessuras das fiadas cabe ao cantilho funcionar como guia. O cantilhão consiste em uma régua de madeira, com comprimento do pé direito do andar graduada fiada por fiada.
Deve-se manter as juntas desencontradas (em amarração), para evitar o cisalhamento vertical do maciço.
Sempre recebemos certa porcentagem de tijolos partidos juntamente com os perfeitos. Esses pedaços devem ser aproveitados nos alicerces e nas paredes de um tijolo. O seu emprego deve ser evitado nas paredes de meio tijolo pois atrapalham a amarração, além de provocarem falhas no alinhamento e no prumo, para Azeredo (2012, p. 69)
Para Borges, (2012, p. 72) uma parede de alvenaria que se encontra com outra em esquadro (90%) devem ser amarradas. Isto é deixando-se tijolos salientes na espessura de meio tijolo, alternadamente, na parede que servirá de suporte para a outra, conforme a figura.
Estrutura
De acordo com Yazigi (2017, p. 589), o dimensionamento da madeira com seções mais usuais são as seguintes, para ripas, 1,5 cm x 5 cm, com espaçamento médio de 35 cm; para caibros, 5 cm x 6 cm e 5 cm x 7 cm, com espaçamento máximo de 50 cm; E para terças, 6 cm x 12 cm e 6 cm x 16 cm.
Segundo Moliterno (1999, p. 180), os vãos teóricos não são grandes, pois dificilmente excedem 8,00m, e deve ser respeitado os seguintes espaçamentos, para ripas, aproximadamente a cada 35 cm, dependendo da dimensão da telha, para caibros o espaçamento varia de 40 a 60 cm, permitindo a passagem de um homem entre as ripas e caibros e para as terças, a distância deve ser de no máximo 1,50m. Para os vãos de terças que não excedem 4 m, apoia-se sempre em paredes de um tijolo de largura, e procura distribuir a carga na alvenaria por intermédio de uma cinta corrida de concreto armado ou apoios de madeira, jamais em tijolos de meio-tijolo, pois não oferecem condições de apoio.
Para Borges (2012, p. 148), as terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular às tesouras. Os caibros por sua vez, serão colocados em direção perpendicular às terças, portanto paralelamente às tesouras. Os caibros são inclinados e seu declive determina o caimento do telhado. As ripas constituem a última parte da trama. Serão empregados transversalmente aos caibros, portanto paralelamente às terças. O espaçamento entre duas ripas consecutivas depende da telha utilizada.
Todo trabalho com o madeiramento deve ser executado por carpinteiro especializado.
Segundo Borges (2012, p. 149), nos pequenos telhados, existe abundância de paredes internas e é aconselhável evitar o uso de tesouras, fazendo a trama se apoiar diretamente sobre a alvenaria; para isto, sobre as paredes internas, serão levantadas colunas de alvenaria devidamente amarradas em que se apoiarão as terças, tal solução é mais econômica e facilmente obtida nas coberturas de residências, existindo abundância de paredes que subdividem a área construída em dormitórios, banheiros e etc.
Estrutura Pontaletada
Yazigi (2017, p. 592) recomenda-se que, as vigas principais da estrutura, a terça de cumeeira e as demais terças são apoiadas sobre pontaletes (e estes apoiados sobre a laje), devendo ser contraventadas com mãos-francesas e/ou diagonais. As mãos-francesas têm de ser colocadas dos dois lados dos pontaletes. Sendo recomendável que a estrutura seja contranventada em duas direções ortogonais, isto é, na direção do alinhamento dos pontaletes e na direção perpendicular a ela.
Para Azeredo (1996, p. 151), os contraventamentos são peças de caibros que têm por finalidade manter a tesoura no plano vertical, tirando a possibilidade de qualquer inclinação da mesma proveniente do próprio movimento do telhado.
De acordo com Yazigi (2017, p. 592), recomenda-se que o apoio da peça de madeira (cumeeira, terça ou viga principal) sobre o pontalete seja feito por encaixe; pode-se empregar ainda talas laterais de madeira, fitas ou chapas de aço. Os pontaletes não podem se apoiar diretamente sobre a laje de cobertura, mas sim sobre sapatas de base, constituídas por pedaços de vigas de madeira. Da mesma forma, as vigas principais precisam apoiar-se sobre coxins, cintas de amarração ou frechais, e não diretamente sobre as paredes.
As terças podem ser apoiadas nos oitões de alvenaria, desde que sejam adotados reforços na região do apoio. Eventualmente, as vigas de madeira da estrutura podem ser apoiadas em pilaretes de alvenaria devidamente amarrados, para Yazigi (2017, p. 592).
Fixação
Para Yazigi (2017, p. 588) os parafusos podem ser de ferro fundido preto ou galvanizados. Podem ser com porca ou fenda, com cabeça chata ou cabeça redonda. Os parafusos de fenda para madeira têm ponta cônica.
De acordo com Moliterno (1999, p. 180) as bitolas comerciais empregadas em residências satisfazem com folga aos esforços solicitantes nas barras, desde que sejam respeitados os seguintes espaçamentos de ripas, caibros e terças
Segundo Borges (2012, p. 154), as peças acessórias de fixação são ganchos, pregos, parafusos, vedações metálicas (arruelas) e massa plástica.
Os pregos, como todas outras peças, são zincados para cortar a oxidação, não devem ser empregados pregos comuns.
Parafuso de ferro zincado diâmetro 7,9 mm, conforme figura 4, são parafusos com rosca soberba em duas medidas de comprimento 11 cm, para fixação de telhas, cumeeiras, rufos e cantoneiras, e o de comprimento 15 cm, para fixação de espigão normal e cumeeira universal, sempre em estruturas de madeira, para Borges (2012, p. 156).
Segundo Borges (2012, p. 156) a vedação metálica são duas arruelas, uma de alumínio e outra de chumbo, que servem para fazer a vedação quando se usa o parafuso zincado de 7,9 mm.
Para Azeredo (1988, p. 168) a fixação de chapas de beiral é fixada por meio de um parafuso na crista da segunda onda, com exceção da chapa de beiral da última faixa, a qual é fixada por meio de dois parafusos na crista das segundas e quintas ondas. As demais chapas são fixadas por meio de dois ganchos na cova da primeira e da quarta onda. Enquanto na cumeeira a sua fixação é feita por meio de um parafuso, em cada aba, na crista da segunda e quinta onda.
Fechamento
Para Azeredo (1996, p. 153), a cobertura de um edifício tem por finalidade principal abrigá-lo contra intempéries e deve possuir propriedades isolantes. Uma cobertura deverá ser impermeável, resistente, inalterável quanto à forma e ao peso, leve, de secagem rápida, de fácil colocação, de longa duração, de custo econômico, de fácil manutenção, deverá prestar-se às dilatações e contrações e ter um bom escoamento.
A cobertura é formada por superfícies planas inclinadas para um perfeito escoamento das águas de chuva. A cumeeira é o encontro de um divisor de duas águas de cota mais elevada do plano, no sentido horizontal. Espigão é um divisor de duas águas em um plano inclinado, e rincão é o encontro de captação de duas águas.
Para Borges (2012, p. 167) as linhas principais dos telhados são as cumeeiras, espigões, águas-furtadas ou rincões e calhas. É necessário saber que todos os painéis de um mesmo telhado devem ter caimentos iguais, isso é necessário por motivos técnicos e estéticos.
Telhas
Segundo Azeredo (1988, p. 172) as telhas metálicas podem ser divididas de acordo com o material a) alumínio, b) cobre, c) ferro e d) zinco. As telhas de alumínio onduladas, estão substituindo o zinco, e são fixadas em duas ripas de suporte pregadas nos caibros.
Para Azeredo (1988, p. 173) as telhas metálicas tornam a cobertura leve e com caimentos pequenos, devido à perfeita superposição das peças e por não ter porosidade e rugosidade, dando um perfeito escoamento; entretanto, os inconvenientes são: o fato de ser bom condutor de calor, aquecendo o ambiente interno; o fato de condensar o ar provocando goteiras; o barulho das chuvas; o preço elevado, etc.
Calhas
São canais internos à platibanda em fixação na alvenaria.
As calhas deverão ser colocadas sobre o beiral e as telhas de maneira a evitar vazamentos por retorno de água. E exige-se no mínimo 8 cm de superposição. O modo de fixação se dá, na alvenaria sem pregos por meio de uma pequena dobra que nela se embute e é rematada pelo revestimento da platibanda, para Azeredo (1996, p. 177).
Para Azeredo (1988, p. 173) os materiais empregados nesse sistema, são o cobre, o ferro galvanizado (chapas). Atualmente é utilizada a chapa de ferro galvanizado.
De acordo com o Azeredo (1988, p. 174) os rufos simples poderão ser usados na parte interna da platibanda com finalidade o encaminhar a água que corre pela alvenaria da platibanda à calha; são fixados numa das extremidades da alvenaria por meio de prego e rematados com argamassa, a outra extremidade fica solta no interior da calha. Os rufos com pingadeiras são aplicados em terminais de paredes, servem para evitar o escorrimento da água nas superfícies verticais. Em uma das extremidades possuem um pequeno canal que coleta a água e a outra extremidade é do tipo rufo simples. O rincão ou água-furtada são as calhas inclinadas acompanhando a inclinação do telhado, e servem para captar o escoamento das águas provenientes do encontro de dois planos de água. Bocal é a peça que recebe a água da calha e a encaminha para o funil ou condutor. Funil é a peça fixada na parede e que é intermediária do bocal e condutor, tem por finalidade não deixar que a água borbulhe ou afogue. E por último a bandeja, peça usada entre dois segmentos (seções) de calha de beiral junto ao rincão. Devido a declividade do rincão, que acompanha a da cobertura, na junção com a calha poderia haver transbordamento, para se evitar coloca-se a bandeja.
Para Azeredo (1996, p. 174), os rufos simples poderão ser usados na parte interna da platibanda com finalidade de encaminhar a água que corre pela alvenaria da platibanda à calha; São fixados numa das extremidades da alvenaria por meio de prego e rematados com argamassa, a outra extremidade fica solta no interior da calha.
As emendas dos rufos são feitas a partir de soldagens (nunca no sentido longitudinal) ou rebitagem (com o mínimo de quatro rebites), então a superfície deve ser limpa e isenta de graxas.
ANÁLISE CRÍTICA
Neste capítulo será abordado a execução das fases acompanhadas na obra, comparando o que é visto nas bibliografias e a execução no canteiro.
Recebimento e armazenamento dos materiais
O recebimento de materiais na obra acompanhada, seguiam os seguintes processos de recebimentos;
A Areia e brita, ao chegar o caminhão contendo a areia e brita era feito a conferência da nota fiscal ou recibo se o fornecedor fosse já cadastrado pela empresa, logo após o caminhão descarregava em frente a obra, no canteiro de obras ou recuo da construção.
No recebimento de cimento, após todo o processo de verificação da nota fiscal, a descarga do cimento era feita por funcionários da própria obra. O produto vinha de fábrica contado e embalados, cada saco continha cinquenta quilogramas, então eram descarregados, seguindo para o almoxarifado da construção que está localizado nos fundos do terreno, e então empilhados.
Na aferição dos blocos cerâmicos, era verificado durante a descarga dos blocos, contando-se os pallets de 200 tijolos, que era descarregado por funcionários da empresa que entregava o material, no canteiro de obras, em frente a construção. No ato do recebimento dos materiais era feita conferência do nome do fornecedor, o produto a receber, a quantidade do mesmo e a metragem (areia, brita e madeira), o endereço de entrega e o nome da empresa.
As ferragens seguiam os mesmos princípios dos blocos cerâmicos, no recebimento era verificado as bitolas de acordo com a nota fiscal, então eram descarregados por funcionários da empresa, o mestre de obras seguia conferindo também se as bitolas estavam corretas, e eram armazenadas no canteiro de obras, localizado na parte lateral da construção, exposto as intempéries, sem os devidos cuidados citados na bibliografia.
Os sacos de cimento a serem utilizados eram empilhados em um almoxarifado com paredes de madeira e telhas de fibrocimento sem contato com o piso ou paredes, em pilhas de 10 unidades aproximadamente, as vezes as pilhas eram maiores devido a demanda, e descumpriam as citações da bibliografia.
Supraestrutura
O acompanhamento da fase, se dá no segundo pavimento, onde foi visto os pilares, vigas e laje. Aborda desde a confecção de fôrmas, amarração, concretagem e a desforma.
Armadura de pilar e viga
A armadura de pilares e vigas são montagens semelhantes em termos de execução.
As ferragens foram armazenadas ao lado da construção, expostas ao clima, sem nenhum cuidado, colocadas diretamente sobre o chão, no canteiro de obras, devido à falta de espaço no interior da mesma.
A bancada de madeira para a confecção dos estribos e cortes das armaduras foi montada a céu aberto, no passeio em frente a obra, em domínio público, onde a armaduras foram medidas no chão e marcadas com o auxílio de fita métrica, e após na bancada de cavaletes e tampo, foram confeccionadas no próprio canteiro, realizou-se os cortes e dobragens dos estribos de bitola 4,2mm com espaçamento de 15cm e houve todas dobraduras, e logo após a amarração. As ferragens utilizadas foram de bitola 15mm de espessura.
Após a confecção das armaduras, a inspeção ocorreu só por parte do mestre de obras. A execução das armaduras ocorreu de forma equivocada, segundo Yazigi (2013, p. 268) deve haver a colocação de espaçadores, para garantir as dimensões mínimas de cobrimento da armadura.
Sendo o processo de montagem de armação para pilares e vigas semelhante, o que difere é a posição em que são instaladas. Nos pilares são deixadas esperas, as quais são amarradas na armadura do pilar.
Fôrmas de pilar e viga
Após a fixação da armação, é medido com a trena, onde serão colocadas e então confeccionadas no próprio canteiro, com a serra são cortadas e logo após encaixadas na alvenaria.
As fôrmas são compostas por tábuas de madeira, gravatas de madeira e os pregos. As gravatas têm a função de reforço para manter a conformação das fôrmas, já que o concreto é lançado no estado fluído, são feitas a partir de caibros de madeira, colocadas em posição horizontal em todas as faces, com espaçamentos variados, sem medida padrão; as tábuas de madeira são fixadas em posição vertical. Logo após, sendo pregadas para o travamento da fôrma.
Assim como as fôrmas de pilar, as fôrmas de vigas são medidas com a trena, onde serão colocadas e então confeccionadas no próprio canteiro de acordo com as medidas tiradas, com a serra são cortadas e logo após encaixadas na alvenaria.
As formas de vigas são formadas por dois painéis laterais e pelo painel de fundo. Os painéis foram confeccionados a partir de chapas de pinus. A ligação entre os painéis é feita com as gravatas, podendo ser visto nas imagens abaixo , os espaçamentos das gravatas são de tamanho variados.
Primeiro prega-se os painéis laterais e depois o de fundo, verificando no prumo e esquadro.
Pilar
A execução ocorreu separadamente das vigas e lajes. Foram acompanhadas todas etapas (fôrmas, armaduras, concretagem e desforma).
Concretagem
Antes de iniciar a concretagem dos pilares é necessário molhar as fôrmas para que a madeira não absorva a água presente no concreto, evitando assim problemas durante a cura.
O concreto chegou pronto na obra em um caminhão betoneira, de concreto usinado de Fck 25 Mpa. Para iniciar a concretagem, foi posicionado uma bomba sobre o passeio. Iniciando o lançamento de concreto usinado. O pedreiro responsável pela concretagem de pilares fica sobre as fôrmas, segurando a mangueira, sempre observando se as fôrmas não estão se movendo.
A concretagem ocorreu de forma incorreta, pois no controle de recebimento não foi feito o slump-test e também não houve o uso de vibrador.
Desforma
A retirada das fôrmas dos pilares deve ocorrer após o tempo de cura completa do concreto, de acordo com a norma, recomenda-se 72 horas após a concretagem.
A desforma dos pilares ocorreu depois da concretagem das vigas e laje, pelos esforços que os pilares iam sofrer, então foram sendo retiradas conforme a necessidade após sete dias da concretagem dos pilares.
A desforma dos pilares foi realizado com pé de cabra, cunha e o martelo; alavancando a tábua de madeira, logo após a retirada da fôrma, são também retirados os pregos com cuidado, e empilhadas para serem reutilizadas em outras obras.
Vigas
As fôrmas e armaduras foram feitas juntamente com as fôrmas e armaduras de pilares, o processo de concretagem simultaneamente com a laje, no mesmo dia, e restando assim a desforma.
Desforma de vigas
Segundo Yazigi (2017, p. 316), o concreto das vigas deve estar bem curado, liberado para a desforma, segundo recomendações das normas técnicas, ou seja, 3 dias para a retirada das fôrmas laterais; 14 dias para retirada de fôrmas inferiores, e 21 dias para a retirada total das fôrmas e escoras. Conforme acompanhado, as fôrmas das vigas foram sendo retiradas aos poucos, à medida que foi necessário para a aplicação de chapisco na alvenaria, onde a maioria das fôrmas foi retirada com 17 dias de cura. Não obedecendo a bibliográfia foi retirada todas as faces da fôrma em uma única vez.
A desforma de vigas é o mesmo processo de pilares, para facilitar a remoção dos painéis, com o martelo bate-se na estrutura para soltar os pregos fixados nos painéis, logo após coloca-se a cunha também para desfixar os painéis e então com o pé de cabra alavancar os painéis até sua remoção. Após tirados os painéis, também são retirados os pregos com cuidado dos painéis, e empilhados para serem reutilizadas em outras obras.
Laje
A execução da laje é através de vigotas e tavelas, uma laje pré-moldada.
Fôrma de laje
O início da montagem das fôrmas, por ser uma laje pré moldada a partir da montagem das vigotas protendidas e tavelas cerâmicas, a colocação de fôrmas se faz necessário apenas nas bordas das lajes, onde uma tábua de testeira foi pregada nas extremidades da laje para servir como fôrma para o concreto. Foram colocadas escoras de madeira com aproximadamente um metro entre elas, no andar inferior para suportar o peso do concreto e da estrutura da laje durante a concretagem.
Concretagem de vigas e laje
Na obra analisada foi adotado o sistema de laje de vigotas pré moldadas protendidas e tavelas cerâmicas, com concreto comum, por ser uma residência e facilidade de execução.
Na montagem ou execução da laje, as vigotas foram dispostas espaçadamente com aproximadamente trinta centímetros entre elas, sendo colocadas entre elas os elementos de enchimento, os blocos vazados de concreto que também são chamadas de tavelas. Em seguida foram sendo posicionadas as tavelas cerâmicas entre os espaçamentos das vigotas, e perpendicularmente a esta; As lajes de vigotas necessitam de um escoramento menos denso que as lajes comuns de concreto armado, então colocou-se escoras para suportar o peso do concreto.
Antes do lançamento do concreto, molhou-se muito bem todas as vigotas e tavelas, juntamente com as fôrmas das vigas para evitar que as peças absorvessem a água existente no concreto. Foi verificado todas as passagens dos conduítes e tubulações se estavam devidamente protegidos na laje.
Assim que foi feito o bombeamento, os pedreiros espalharam bem o concreto preenchendo todos os espaços vazios, principalmente nos encontros entre as vigas e blocos.
Depois foi feito o sarrafeamento e nivelamento do concreto, com uma tábua de madeira, servindo como régua
Nas vigas houve o lançamento do concreto até a borda, também houve a ajuda do pedreiro com a colher de pedreiro, foram colocados travamentos de madeira para não abrir as fôrmas.
Cura
A cura do concreto foi feita com molhagem contínua durante três dias, e depois foram feitas pequenas molhagens somente, enquanto a bibliografia sugere que o molhamento deve ser contínuo durante sete dias, pois o concreto fresco fica exposto ao sol e vento e perde rapidamente a água da mistura. E a PINI ainda cita que a água é indispensável para manter o processo de reações químicas do cimento na primeira semana e que vão garantir a resistência e a impermeabilidade do concreto. Se não houver a cura correta, o concreto poderá apresentar fissuras.
Desforma de laje
As escoras internas foram retiradas sete dias após a concretagem, já as escoras que seguram as fôrmas de borda vinte e oito dias após a concretagem.
As fôrmas de bordas laterais foram retiradas após os catorze dias após a concretagem, já as de fundo com aproximadamente vinte e oito dias.
As fôrmas da laje foram retiradas assim como as fôrmas de pilar e viga, com o pé de cabra, forçar até soltar o painel de madeira, após retira-se os pregos do painel e as tábuas são empilhadas.
Revestimento argamassado interno
A fase de revestimento cerâmico interno de parede, segue a ordem acompanhada: chapisco e em seguida o reboco, sem qualquer argamassa ou acabamento após estes processos.
Chapisco
O traço utilizado no chapisco nesta execução se dá por 3:1 (três partes de areia média e uma parte de cimento) e foi preparada no pavimento térreo, no recuo da construção, onde se encontram os materiais e fácil manuseio de equipamentos para tal execução.
A parede de alvenaria a ser chapiscada no segundo pavimento da construção, está concluída a aproximadamente um mês, estando assim com a argamassa completamente curada, conforme as referências bibliográficas citadas.
Conforme a bibliografia, realizou-se a limpeza prévia da alvenaria, para retirar a poeira e materiais que possam impedir a fixação da argamassa, foi verificado se havia arames, pregos e retirados, só não houve o fechamento dos rasgos. Os pedreiros não utilizavam nenhum tipo de equipamento de proteção individual
Os rasgos para a fiação elétrica estavam feitos, conforme a recomendação da bibliografia, e a fiação e central de ar condicionados estavam prontas e instaladas. Então o ajudante de pedreiro com um balde içou a argamassa sólida pela parte externa da construção, onde está improvisada uma roldana com cordas para a passagem de argamassa e então o pedreiro pôs o conteúdo do balde com o cimento e areia dentro do carrinho de mão e foi acrescido água conforme a necessidade para a argamassa ficar aderente, que estava posicionado na parte interna da residência ao lado de onde realizou-se o chapisco, logo após, com o auxílio de uma colher de pedreiro foi arremessada argamassa, de baixo para cima, por toda superfície da alvenaria.
Reboco
Para o reboco foi utilizado o traço 6:1, confeccionado in loco, onde são seis baldes de areia fina para uma de cimento, e água até a argamassa ficar pastosa.
A execução das faixas mestras, se deu através de uma barra de ferro de construção, fixada a alvenaria com concreto em partes, foi conferido o nível e prumo da marcação, porém na bibliografia deveria ser feita uma argamassa sobre a alvenaria chapiscada, chamada mestra e logo após colocadas as taliscas onde não foi executado conforme as referências.
Após a fixação das chamadas mestras, com barras de ferro de armadura, a argamassa com trabalhabilidade pronta para o uso, com a colher de pedreiro joga sobre a superfície chapiscada entre as mestras formando uma camada de aproximadamente dois centímetros. Com cerca de uns cinco centímetros do chão, onde foi posto uma tábua de madeira para haver a separação, até o alcance sem andaimes, de dois metros.
Logo em seguida, a régua metálica foi passada para retirar o excesso da argamassa entre as mestras de ferro, em movimentos de baixo para cima.
Por último, foi utilizado uma desempenadeira de escova em movimentos circulares para deixar a superfície lisa e uniforme.
Assim dando fim a parte inferior da parede, passa-se para a superior, com o andaime, pega-se a colher de pedreiro e arremessa a argamassa sobre a superfície superior da parede, repetindo todos as etapas anteriores, passando a régua de alumínio e por último, a desempenadeira em movimentos circulares.
Espera-se cerca de trinta minutos para secar a argamassa, e nivela a parte superior com a inferior entre as mestras, para não aparecer as emendas. Assim repetindo todos as etapas para rebocar as alvenarias. Retirando as mestras, barra de ferro de armaduras para fazer a emenda das argamassas.
Acabando o reboco, a alvenaria está pronta para receber a pintura.
Telhado
Platibanda
A platibanda faz parte do telhado, é nela que começa o projeto do telhado da construção, foi construído uma alvenaria com oitenta e cinco centímetros de altura, contornando as paredes do pavimento abaixo.
Foi utilizado blocos cerâmicos, avermelhado, de oito furos com dimensão de 19x19x9 cm, considerado um dos principais materiais construtivos, assim como a alvenaria de tijolos é uma das técnicas mais difundidas na construção popular. Após aferição na entrega dos tijolos, eles eram descarregados e levados nos pavimentos da edificação. Esses blocos cerâmicos foram distribuídos ao entorno da laje, próximos de onde será construída a platibanda.
A construção em alvenaria nada mais é que uma montagem de blocos interligados por argamassa de cimento, areia e água. Para levantar uma parede temos que levar em consideração sempre o prumo da alvenaria.
Então, iniciou-se a marcação das alvenarias do pavimento, após a marcação ser feita na primeira fiada, foi colocada a argamassa na marcação e então posto o bloco cerâmico, dado o início da segunda fiada de blocos cerâmicos, assim por diante, foram feitas quarto fiadas, e utilizou-se uma linha de nylon para guia, um nível, prumo, esquadro e um sarrafo para verificar se estava reta a primeira fiada, essas foram as ferramentas necessárias para a utilização nesse processo de execução.
As argamassas tinham aproximadamente três centímetros, de espaçamento. Durante todo esse processo de assentamento a argamassa que sobrava no procedimento era raspada
com a colher de pedreiro e devolvida ao carrinho de mão onde, era misturada e reutilizada. Também a cada fiada verifica-se o nivelamento com a régua (sarrafo) e o prumo de centro, e a alvenaria nas bordas era feita a amarração com os blocos cerâmicos.
Estrutura
A estrutura do telhado embutido foi escolhida a estrutura mais simples usadas em residências, com pontaletes, de uma água, por não haver necessidade de ser uma estrutura robusta, pois serve só para proteção e caimento das águas pluviais.
A madeira utilizada foi de Pinus, a madeira vem previamente cortada para obra, somente pequenos ajustes são feitos no canteiro de obras.
As terças possuem dez centímetros comprimento e cinco centímetros de altura, enquanto os caibros de três centímetros de comprimento por vinte centímetros de altura. Os pontaletes com têm as mesmas medidas dos caibros, com três centímetros de largura por vinte centímetros de comprimento. A inclinação do telhado será de quarto por cento.
Primeiro foi feito as marcações para a colocação das bordas de maior caimento (terças) e as laterais, puxando um fio nylon e pregando na alvenaria em direção de maior para menor caimento, para verificar a inclinação da estrutura , as tábuas das bordas foram pregadas com parafusos de aço, com cabeça de diâmetro de 19 x 39 milímetros, então começou a colocação dos caibros em todo o comprimento do telhado com espaçamento de aproximadamente um metro entre caibros, juntamente com os pontaletes que foram pregando ao decorrer da estrutura montada, com espaçamentos de aproximadamente dois metros, os pontaletes tem dimensões de trinta e oito centímetros de altura nas terças, Enquanto no outro lado os ajudantes iam pregando e juntando a estrutura no lado de menor caimento, onde haverá um espaçamento de quarenta centímetros de distância em direção das terças para a colocação das calhas, e por último foi colocado as terças com espaçamentos de aproximadamente oitenta centímetros, travando a estrutura. Foram utilizadas remendas nas tábuas para reforçar a estrutura.
A fixação se deu toda por pregos de diâmetro 19 x 39 milímetros, e foram feitos furos previamente antes da colocação dos pregos nas estruturas, para melhor fixação e para não haver rachamento das madeiras.
Fixação
A fixação se deu por pregos da Gerdau com dimensões de 19 x 39 de comprimento.
Os pregos foram fixados de acordo com a necessidade, sem distancias previamente escolhidas.
Fechamento
O fechamento da cobertura conforme o projeto será através das telhas metálicas, por permitirem uma menor inclinação, e serem leves.
Porém não houve a finalização do fechamento com as telhas metálicas até o fim do cronograma da disciplina.
Calhas
As calhas são retangulares, de alumínio, com uma leve inclinação em direção ao caimento para o escoamento da água pelo tubo de queda para o térreo da edificação, estilo “coxo”, por ser uma calha de platibanda, são fixadas na linha de encontro do telhado com o barrado de concreto.
Primeiro um funcionário da empresa de calhas foi fazer a medição das calhas, para fazer um orçamento, em duas semanas após a estrutura (madeiramento) do telhado pronto, foram instaladas as calhas por funcionários terceirizados. As calhas têm a medida de vinte e seis centímetros de altura com vinte e três centímetros de largura, enquanto os tubos de queda são de cem milímetros.
As peças vêm pré prontas, com as medidas corretas, dobradas e são somente feitas as fixações na obra.
Pelo telhado ter só uma água, facilita a colocação da calha por ter uma calha horizontal somente, com um pequeno caimento.
Usa-se o veda calha para vedar todas as junções soldadas, e principalmente na junção do tubo de queda para não haver vazamentos.
Os parafusos para fixação das calhas no madeiramento são feitos com a parafusadeira.
As calhas ficam no beiral da platibanda, são encaixadas sobre a estrutura de madeira e fixadas com parafuso com arruela.
CONCLUSÃO
Esta avaliação é de extrema importância em obra, que por meio dela, aprendemos como se executa uma obra, onde nos aproxima muito do mercado de trabalho, com ele juntamos a parte teórica com a prática do curso, e assim ganhamos experiência.
Nesse relatório a finalidade é foi fazer uma referência bibliográfica para aprendermos sobre a execução de serviços em obras, o modo correto de executar as fases, e logo após relatar a execução da obra que acompanhamos e verificar se está de acordo com as referências.
E nota-se que, às vezes, os operários não tomam as providências cabíveis para um bom desempenho destas atividades, fato este que pode ser atribuído ao baixo nível de escolaridade ou a vícios construtivos adquiridos com o tempo de prática de certas atividades.
Verificarmos se no canteiro de obras, o processo de execução da mão de obra está conforme as fontes citadas na referência bibliográfica e fazer uma análise crítica da execução acompanhada.
O estágio serviu para o meu amadurecimento e enriquecimento na construção civil, onde pude aprender, de forma prática, a teoria assimilada durante o curso. Além disso, este trabalho serviu para desenvolver o meu senso crítico, através da solução das obrigações que um responsável técnico exige.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. São Paulo: Pini, 2017.
- AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. Construção de Edifícios - do início ao fim da obra. São Paulo: Pini, 2015.
- AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1997.
- EDITORA PINI (COORD.). Construção passo a passo. São Paulo: Pini, 2009-2012. 3 v. (TODOS OS VOLUMES DA COLEÇÃO)
- BORGES, Alberto de Campos. Prática das pequenas construções, Volume 1. São Paulo: Blucher, 2009.
- YAZIGI, Walid. A técnica de edificar. São Paulo: Pini, 2013.
- CHAVES, Roberto. Manual do construtor. Editora Tecnoprint S.A. 1979.
- MOLITERNO, Antonio. Caderno de projeto de telhados em estrutura de madeira, São Paulo: Editora e/dgar Blucher Ltda, 1999.